terça-feira, 25 de janeiro de 2011

SEXO: O que vale entre quatro paredes?

 

casal_cama

Eis um terreno minado. Há os guardiões da moral e dos bons costumes, que afirmam que o sexo entre casais cristãos deve ser recatado, limitando-se ao coito. Entre esses, há os que sequer admitem a possibilidade dos cônjuges terem algum tipo de preliminar, ou mesmo de variar as posições. Há ainda os que vêem pecado até nos cônjuges verem a nudez um do outro. Isso tudo é deprimente.

Por outro lado, há a turma do vale-tudo. Esses só não dizem o que significa o “tudo” na relação sexual, por não quererem expor o cônjuge a julgamentos preconceituosos.

Entre um extremo e outro, é melhor ficar com o bom-senso.

Toda e qualquer tipo de carícia é bem-vinda na relação a dois, desde que não desrespeite o gosto do outro.

O critério para se adotar qualquer tipo de prática sexual entre casais ligados pelo matrimônio é o bem-estar do outro. O outro vai dizer até onde podemos ir com nossas carícias.

O Dr. Herbert J. Miles oferece o seguinte conselho com relação à intimidade entre marido e mulher:

“Nos relacionamentos humanos, no seio das comunidades e na sociedade, o recato é a rainha das virtudes, mas na intimidade do quarto nupcial, a portas fechadas, e na presença do puro amor conjugal, não deve existir essa coisa chamada recato. O casal deve ter liberdade de praticar tudo o que ambos desejarem fazer, que sirva para conduzi-los à plena expressão de seu amor mútuo e a uma boa experiência sexual. A essa altura, será bom darmos uma palavra de advertência. As experiências praticadas devem ser de consentimento mútuo, do marido e da esposa. Nenhum dos dois, em tempo algum, deve forçar o outro a participar de atos que este não deseje. O amor não coage a ninguém.”

Qualquer prática que depois de consumada, promova a sensação de se ter usado alguém, ou se ter sido usado por alguém em vez de se ter amado e sido amado, deve ser considerada nociva à relação, e por isso mesmo, deve ser evitada.

Lembremo-nos de que o amor não busca seus próprios interesses. Nem tampouco se porta inconvenientemente.

No amor há respeito aos limites do outro.

O homem deve sempre levar em conta a fragilidade feminina, oferecendo-lhe carícias que respeitem seu gosto.

Há uma profunda ligação entre sexualidade e espiritualidade. Não são departamentos diferentes. São, antes, esferas da existência humana, que interferem uma na outra. A prova disso está na recomendação de Pedro aos maridos:

“Igualmente, vós, maridos, vivei com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais frágil, e como sendo elas herdeiras convosco da graça da vida, para que não sejam impedidas as vossas orações”.

Dar honra a mulher é simplesmente preferir fazer as coisas do jeito dela. Se ela se sentir desconfortável com algum tipo de carícia, o marido deve ser suficientemente sensível para atender.

Homem e mulher devem compreender suas diferenças físicas, emocionais e psicológicas. A mulher só poderá agradar ao marido, se reconhecer nele um ser diferente dela, que tem suas próprias expectativas com relação ao ato sexual. O mesmo se pode dizer do homem.

Por exemplo: o homem é estimulado por aquilo que vê, enquanto que a mulher é estimulada por aquilo que ouve. Logo, para que promova a união sexual entre o homem e a mulher, o Eros percorre caminhos diferentes.

O sentido principal do homem é a visão. Por isso Jesus fala sobre “olhar a mulher alheia”. É pelos olhos que o homem se deixa envolver. Sabedora disso, a mulher sábia deve procurar cuidar de seu corpo, vestir-se de maneira atrativa, a fim de atrair o olhar de seu marido. É por não compreender isso, que muitas mulheres, por causa de sua timidez, preferem relacionar-se com seus maridos de luz apagada.

Nada mais deprimente para o homem do que chegar em casa, depois de um dia de trabalho árduo, e encontrar sua amada cheirado a alho, com roupas velhas, e bobs nos cabelos.

A mulher deve procurar preparar-se para receber o seu amado. Não é pecado estimular o marido com um alinda camisola, jóias, perfumes. Pecado é permitir que haja espaço a ser preenchido por outra.

O livro de Cantares, ou Cântico dos Cânticos, é um verdadeiro manual para a vida sexual. Ali encontramos Salomão e Sulamita vivendo uma história de amor e sedução.

Logo de cara, encontramos Sulamita, extasiada de amor, dizendo a seu amado:

“Beije-me ele com os beijos da sua boca; pois melhor é o seu amor do que o vinho. Para cheirar são bons os teus ungüentos; como ungüento derramado é o teu nome. Não admira que as donzelas te amem!”

Nada mais estimulante ao homem do que perceber que sua amada está desejando-o. Muitas mulheres têm dificuldade de demonstrar seu desejo ao marido. Isso é frustrante. O homem não pode adivinhar o que a mulher deseja, a menos que ela demonstre claramente. Repare que é Sulamita quem toma a iniciativa. Ela é quem se aproxima e pede que seu marido lhe beije. Isso é absolutamente sedutor. Todo homem aprecia quando a mulher toma a iniciativa.

É claro que isso não deve ser entendido como um padrão. Tanto a mulher, quanto o homem podem tomar a iniciativa, quando desejarem fazê-lo. O problema é quando a mesma pessoa tem que tomar a iniciativa sempre.

Perceba também que ela não só lhe pede um beijo, mas o elogia. Ela mexe com sua vaidade. Ela o chama de cheiroso. Em vez de demonstrar ciúmes, ela dá razão às mulheres que o admiram. Isso o faz sentir o mais viril dentre os homens.

Há mulheres que já começam a relação criticando o homem. É como um balde de água fria. Não há virilidade que agüente. Tanto o homem quanto a mulher precisam ser elogiados por seu parceiro.

Se a mulher não o elogiar, haverá quem o faça lá fora.

Observe que ela elogia o seu odor, e não a sua aparência.

Para a mulher, o olfato é mais importante do que a visão.

Se os homens soubessem disso, tratariam de tomar um bom banho assim que chegassem em casa, em vez de se esparramar no sofá, com o pé cheio de chulé.

O homem não quer a mulher cheirando a alho, mas a mulher também não o quer cheirando a suor.

Salomão, já seduzido pelo amor de sua esposa, responde:

“Formosa são as tuas faces entre os teus enfeites, o teu pescoço com os colares”.

Diferente do homem, a mulher é mais estimulada por aquilo que ouve. Por isso, o marido não deve poupar elogios à mulher. Falar de sua beleza, de seus atributos, de sua formosura. “Como és formosa, ó amiga minha! Como és formosa!”, declara o amante apaixonado.

Só não se pode ficar nas palavras apenas. Porém, antes dos finalmente, os cônjuges devem dedicar algum tempo às preliminares.

Sulamita é quem sinaliza ao seu amado o que ela deseja que ele faça.

“A sua mão esquerda esteja debaixo da minha cabeça, e a sua mão direita me abrace”.

Ela é quem diz onde quer ser tocada, acariciada.

Além da audição e do olfato, o sentido principal que estimula sexualmente a mulher é o tato. Toda mulher precisa ser tocada, antes de ser possuída.

Entre os toques, nenhum é mais importante do que o beijo. Por isso, ela inicia o processo amoroso, pedindo que o seu amado lhe beije. Há casais que já não se beijam há muito tempo.

Alguns não se beijam nem mesmo durante o intercurso sexual. O beijo faz com que a mulher se sinta amada, em vez de usada.

Por que, geralmente, as prostitutas não aceitam beijar os seus clientes? Simplesmente porque, mesmo para elas, o beijo implica num envolvimento emocional desnecessário. Qualquer relação sexual que não tenha beijo, dá à mulher a impressão de estar sendo usada.

O beijo denota carinho, afeição, e, sobretudo, amor.

A mulher não quer sentir-se como um vaso sanitário onde o homem vai realizar suas necessidades. Ela quer sentir-se amada. Ela quer que haja romantismo, e não apenas sexo.

Os homens precisam aprender a ser românticos.

Para o homem, o sexo é um fim em si mesmo. Mas para a mulher, é apenas um meio. O objetivo principal da mulher é ser amada.

Para a mulher, o sexo começa pela manhã, na primeira palavra que ela ouve do marido. Se ele trata-la asperamente ao acordar, dificilmente ela estará disposta a ceder às suas fantasias à noite.

Cada gesto de carinho, por simples que seja, contribui para uma boa noite de amor para mulher.

Abrir a porta do carro, puxar a cadeira para que ela se sente, elogiar sua roupa, pegar em sua mão enquanto dirige, são pequenos gestos capazes de proporcionar momentos inesquecíveis de amor.

Já o homem precisa de estímulo visual.

A mulher vai receber do homem na mesma medida em que se der. E vice-versa. Quanto mais ela prover ao homem o estímulo visual de que ele precisa, mais coisas bonitas ela vai ouvir dele.

Confira o que diz Cantares:

“Como és formosa, amada minha! Como és formosa! Os teus olhos são como os das pombas, e brilham através do teu véu (...) Os teus lábios são como um fio de escarlate, a tua boca é doce (...) O teu pescoço é como a torre de Davi (...) Os teus dois seios são como dois filhos gêmeos da gazela, que se apascentam entre os lírios (...) Tu és toda formosa, amada minha; em ti não há defeito”.

E que mulher não tem defeito? E o que dizer dos pneuzinhos, das rugas (muitas vezes causadas por nós mesmos!), das celulites, das estrias? Não é a toa que muitas mulheres preferem despir-se no escuro.

Quaisquer que sejam os defeitos são irrelevantes, aos olhos daquele que ama.

Não há mulher perfeita no mundo. Mesmo as modelos fotográficas precisam de recursos do computador para esconder cicatrizes e estrias.

Entre a luz acesa ou apagada, que tal um abajur, com uma luz fraca, para permitir ao marido ver pelo menos a silhueta da mulher amada?

No capítulo 7 ele descreve com mais pormenores a beleza de sua amada:

“Quão formosos são os teus pés nos sapatos, ó filha do príncipe! As voltas das tuas coxas são como jóias, trabalhadas por mãos de artista. O teu umbigo é como uma taça redonda a que não falta bebida (esse Salomão já ta indo longe demais!). O teu ventre é como monte de trigo, cercado de lírios. Os teus dois seios são como dois filhos gêmeos da gazela. O teu pescoço é como a torre de marfim. Os teus olhos são como as piscinas de Hesbom, junto à porta de Bate-Rabim. O teu nariz é como a torre do Líbano (nariguda essa menina, heim?), que olha para Damasco. A tua cabeça é como o monte Carmelo. Os cabelos da tua cabeça são como a púrpura; o rei está preso pelas suas transas. Quão formosa, e quão adorável és, ó amor em delícias”.

Salomão, completamente apaixonado e seduzido, diz:

“Tiraste-me o coração, minha imã, noiva minha; tiraste-me o coração com um dos teus olhos, com um colar do teu pescoço”.

Nada mais estimulante para o homem do que um olhar sedutor de sua mulher. Pelos olhos, ela é capaz de arrancar o coração do seu amado. A mulher quer sentir-se amada, protegida, querida.

O homem quer sentir-se desejado. E é pelo olhar que a mulher o faz sentir assim. Um olhar travesso, cheio de boas intenções... Quem resiste?

E como a mulher deve agir ao ser procurada? Como ele espera que ela reaja? E se ele chega, e ela já está dormindo? E se ela teve um dia cansativo?

O capítulo 5 de Cantares nos apresenta essa cena. Sulamita diz:

“Eu dormia, mas o meu coração velava. Ouvi! A voz do meu amado, que está batendo: Abre-me, minha irmã, amada minha, pomba minha, minha imaculada. A minha cabeça está cheia de orvalho, os meus cabelos as gotas da noite. Já despi a minha túnica; como a tornarei a vestir? Já lavei os meus pés; como os tornarei a sujar? O meu amado meteu a sua mão pela fresta da porta, e as minha entranhas estremeceram por amor dele. Eu me levantei para abrir ao meu amado, e as minhas mãos destilavam mirra, os meus dedos gotejavam mirra sobre a maçaneta da fechadura”.

Por incrível que pareça, isso está na Bíblia. Não há como ler esses versos e não se deixar tomar por imaginações...

Já no finalzinho do livro, Sulamita declara: “Assim tornei-me aos olhos dele como aquela que traz prazer”.

Muito mais do que ser a mãe de seus filhos, ou a dona de casa, ou mesmo a companheira de ministério, o papel principal de uma mulher é ser “aquela que traz prazer” ao seu marido. O mesmo pode ser dito acerca do marido. Ele não é apenas o provedor do lar, nem mesmo apenas o cabeça da família. Ele é aquele que proporciona prazer à sua amada.

Trecho do livro "Amor Radical", de Hermes C. Fernandes, publicado pela MK.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Ide... E pregai o Evangelho. (nos dias atuais...)

E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Marcos 16:15

Não importam os obstáculos


"Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; Todavia eu me alegrarei no SENHOR; exultarei no Deus da minha salvação" (Habacuque 3:17, 18).

Pode um jovem fuzileiro naval, corpo mutilado pelas modernas armas de guerra, se recuperar emocionalmente dos traumas e transformar uma derrota em vitória pessoal? O Tenente Clebe McClary conta sua corajosa história de reconstrução de uma vida destruída. Durante o tempo em que serviu no Vietnã, ele perdeu um olho e o braço esquerdo. Além disso, foi submetido a 33 cirurgias para poder manter o que restou de seu corpo. Atualmente, Clebe McClary está servindo no exército do Senhor, viajando pelo mundo, testificando de sua fé pessoal em Jesus Cristo. Sua vida mostra que ele, verdadeiramente, encarna o voto que fez ao entrar para a Marinha americana: "Qualquer missão a mim atribuída, será realizada da melhor maneira, não importam os obstáculos."

O que tem sido necessário para me afastar de Deus? As dificuldades, as frustrações, as decepções, os obstáculos que aparecem a todo instante? O que pode tirar a nossa alegria? A falta de dinheiro, a perda de um cargo ansiado no emprego, a não realização de um antigo sonho? Onde está a nossa fé? Em que se baseia a nossa felicidade?

Se nós abrimos o coração para o Senhor e nEle depositamos a nossa confiança, por que continuamos dependendo de sucesso pessoal e prosperidade para sermos vitoriosos e felizes? Ele é a nossa vitória! Ele é a nossa felicidade! Ele é a realização de todos os sonhos! Ele é a nossa razão de viver! Tudo o mais virá, na hora que Ele quiser e da maneira como Ele quiser.

Se as lutas vierem contra nós, Ele está ao nosso lado e nada teremos a temer. Se tudo nos parecer difícil, Ele tem todas as soluções. Se nos sentirmos fracos pelas tempestades da vida, Ele nos fortalecerá e transformará os obstáculos em degraus para alcançarmos as bênçãos almejadas.

Confie no Senhor! Não desanime jamais!

Paulo Roberto Barbosa - Ministério Para Refletir

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Marcha aí no terreiro gospel!!!


Marcha ai exu gostosinho! from Genizah on Vimeo.

Fizeram da igreja um terreiro de macumba... E ainda tem "unxão" pra receber do varão. Que varão mesmo ein? Se tiver varão aí, então é Ehh Mistério!!!

Como o "monte" num é pra todos, como dizem por aí. Decidiram montar um terreiro gospel... Risos

Só Deus mesmo pra acabar com a palhaçada gospi e toda a meninice existente...

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

A Graça da garça!!!

A graça da garça, a arte de viver em meio a lama sem sujar as vestes!


"Cadê a pregação da cruz? Pegaram emprestado como emblema o nome do nosso SENHOR Jesus, mas quando forem aplaudidos pensando que si deram bem, não se esqueçam que Deus não divide sua glória com ninguém!"

sábado, 8 de janeiro de 2011

Pode o crente em Jesus ficar endemoniado?

Por Renato Vargens

Volta e meia recebo alguém em meu gabinete pedindo que ore por um amigo ou parente que é cristão, e que possivelmente sofre de possessão demoníaca. Sempre que ouço pedidos deste tipo procuro explicar ao meu interlocutor que do ponto de vista bíblico é IMPOSSÍVEL uma pessoa regenerada pelo Espírito Santo e salva pela graça de Deus em Cristo Jesus, ter em seu corpo a manifestação de um demônio, mesmo porque, as Escrituras afirmam que se somos de Cristo, o maligno não pode nos tocar (I Jo 5:18) . Em outras palavras isto significa que se alguém se “diz cristão” estiver endemoninhado, este com certeza nunca conheceu a graça do Senhor, até porque, caso tivesse conhecido, Satanás jamais o possuiria.

Há alguns anos atrás eu fiquei sabendo de um relato absolutamente esdrúxulo. Em uma igreja neopentecostal de Niterói, num culto de exorcismo, o pastor resolveu expulsar os demônios dos crentes. Fundamentado numa revelação espiritual, este falso profeta, teve a cara de pau de afirmar que a “coisa-ruim” costumava se esconder nas mãos dos cristãos, sendo necessário assim, ministrar-lhes libertação espiritual. Se não bastasse essa sandice, outra igreja da cidade, “consciente” da batalha espiritual dos últimos dias, resolveu expulsar os demônios da libertinagem que costumam afrontar os cristãos UGINDO o órgão sexual masculino daqueles que professavam sua fé em GEZUIS.

Pois é, confesso que não sei aonde vamos parar. O que fizeram com o evangelho de Cristo? O que fizeram com a sã doutrina? Diante disto tudo lhe pergunto: Que Cristianismo é esse? Que evangelho é esse? Que doutrinas são estas? Ora, esse não é e nunca foi o evangelho anunciado pelos apostolos. Antes pelo contrário, este é o evangelho que alguns dos evangélicos fabricaram! Infelizmente, a Igreja deixou de ser a comunidade da palavra de Deus cuja fé se fundamenta nas Escrituras Sagradas, para ser a comunidade da pseudo-experiência, do dualismo, do misticismo e do neo-maniqueismo.

Caro leitor, as Escrituras são absolutamente claras em afirmar que aquele que está em Cristo, o maligno não o toca. Satanás não possui poder para violar o templo do Espírito Santo. Somos de Deus, pertencemos a Deus e o Espirito Santo é a garantia da nossa salvação.

Isto posto afirmo: O inimigo das nossas almas não pode em hipótese alguma possuir o crente genuíno. O Crente cujos pecados foram perdoados por Cristo não pode ficar endemoniado. O crente nominal sim, mas o regenerado e habitado pelo Espírito Santo, este nunca!

Soli Deo Gloria!

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Fala que eu te ouvo: Pastor Fail [2]

Fala que eu te ouvo... das Garras da Patrulha.



É incrível a facilidade que "O PASTOR" tem de resolver os problemas destas almas sofredoras. Percebo também a obviedade com que ele revela as visões que tem por meio da "oração", psicografia ou sei lá o quê.

"Para quem não conhece o Ceará - Morada Nova é uma cidade no interior do Estado e Cidade dos Funcionários é um bairro de Fortaleza."

Embora seja engraçado, os humoristas que produzem o quadro identificam facilmente a realidade estampada em muitas igrejas por aí a fora. Pessoas denominados pastores, apóstolos, pai-postolos, se apoderam da fé de muitos e os enganam. Dizem terem visões, revelações, profecias, outros urram, andam de quatro pé, vendem uma imagem de santidade mentirosa seguida de alucinações e esquisitices.

Talvez isso aconteça numa igreja bem próximo de você... Não é difícil identificar!!!

A ordem dos fatores e a alteração do produto

Por Zé Luis

Há pessoas com ótimo conhecimento das Escrituras, a ponto de garantir que as tem em sua memória de tal forma que poderia recitá-la de traz para frente, tamanha a assimilação da mesma.

Acho que conheço algumas destas, e creio que você também já as deve ter visto: Citam a ordem do Mestre para que fossemos prudentes como as serpentes e pacíficas como as pombas, as praticando como de traz para frente, tendo a prudência de uma pomba - que cisca em em meio a perigosa avenida movimentada - e tem a atitude em seu semblante de verdadeiras víboras quando enfrentadas, mostrando as presas e pingando veneno.

Sim: a ordem dos fatores, neste caso, altera o resultado do produto.

Um outro exemplo que gosto muito é quando Jesus cita o seguinte versículo:

"Onde está o seu tesouro, ali estará o seu coração!" Lc 12,34

É comum, quando citado, inverterem o sentido, pois é mais compreensível que dentro de nossos sentimentos já resida nossos verdadeiros valores(o que não é de todo errado). Mas o sentido em que o Sumo Pastor tinha em mente era outro:

Já percebeu como começam as grandes paixões? Não me refiro apenas ao amor erótico, mas as devoções por pessoas, bandas, times, tatuagens, animais, partidos, ideologias, objetos...

No início é apenas um leve interesse, algo modesto, moderado e que nos agrada gradativamente. A pessoa acompanha uma partida de futebol, e começa a admirar seus jogadores, interessar-se pela história do clube, usar o uniforme no trabalho, tatua o emblema no peito. Outras assistem um Reality Show sem pretensões de acompanhar a cotidiana trama de ir ao banheiro ou arrotar em público, e logo se envolve nos conflitos íntimos e compactua com as opiniões de totais estranhos. Ela se compadece de uns e detesta outros.

O coração foi para onde ele tornou tesouro.

A maioria nos casos amorosos começam em um pequeno interesse, um cheiro agradável, um telefonema a mais, uma descoberta de pecados em comum, um gostar de conversar sobre um assunto totalmente comum. Sempre nos conduz a nos interessarmos mais e mais, por que nos valorizamos, e então, nossa alma se apaixona.

Aquilo passa a ter valor, e quando o valor se torna prioridade, nossa alma – o significado da palavra “coração” no Novo Testamento – se apega.

O Mestre no sermão da montanha ensina os mecanismos do ser que criou, e nada mais oportuno do que mostrar como funciona nosso “querer”, e de que forma algo é criado em nosso íntimo.

Vemos pessoas ardendo em paixões onde antes houve um pequeno e agradável flerte, ou mesmo o ódio que nos dá a sensação de força, pode ser um tesouro no qual seu coração desejará estar. É uma questão de cultivo, pois a alma corre atrás de nossos valores.

Paulo alegava que Deus opera em nós tanto o querer como o efetuar, o que já tive a oportunidade de comprovar. Fazer deste querer um tesouro, a ponto de querermos inundar a nossa existência depende do que somos. Nossos olhos estão compostos das mais densas trevas? Encheremos nossa existência de escuridão até que se complete nossa medida. “Qual grandes trevas...” comenta Jesus.

Onde está teu tesouro? Para ele, seguiu sua alma.

Que o Criador nos converta, e em nós nasça o desejo conveniente ao Reino, sendo isso nosso tesouro, para que nele nosso coração esteja.

Vi no Cristão Confuso - gostei e compartilho

O trauma de Adão...


By Izidro Cartoon - Karapuça

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Tempos (pós) modernos


Pai nerd cuidando do filho


Novo modelo de iPad…


Vi no Pavablog gostei e estou compartilhando...

Crente "Lady Kate": "Tô Pagano!"

Carlos Moreira

A Revolução Francesa foi sem dúvida um dos eventos mais significativos do mundo ocidental e da sociedade moderna. A França do século XVIII era um país marcado por profundas injustiças sociais. O arcabouço histórico da revolta se construiu em meio a um regime político absolutista, onde a camada inferior da população, formada por trabalhadores urbanos, camponeses e a pequena burguesia comercial, era obrigada a pagar pesados impostos para manter o luxo das classes privilegiadas.

No topo daquela pirâmide estava o clero que, dentre outras prerrogativas, não pagava impostos. Abaixo dele estava à nobreza, formada pelo rei, sua família, condes, duques, marqueses e outros nobres. O rei era absoluto; controlava a economia, a justiça, a política e até mesmo a religião dos súditos. Qualquer tipo de oposição era punida duramente, pois o "contraventor", além de ser enviado a prisão da Bastilha, era, em seguida, guilhotinado.

A insatisfação com aquela situação chegou ao limite em 1789. Vivendo em extrema miséria, a população saiu às ruas com o objetivo de tomar o poder. Avançaram primeiramente para derrubar a Bastilha e, em seguida, invadiram os palácios e as terras da nobreza em busca de tomar o controle do país. Muitos conseguiram escapar, mas a família real foi capturada, e o rei Luis XVI, juntamente com sua esposa Maria Antonieta, foi julgado e guilhotinado em 1793. Nem o clero foi poupado, pois os bens da igreja foram todos confiscados.

Os contornos estruturais que marcaram o desencadeamento da Revolução Francesa são muito parecidos com a situação da Igreja em nossos dias. Como bem disse o sábio do Eclesiastes, as gerações mudam, mas o “espírito” humano permanece o mesmo. Olho para o que está aí e surpreendo-me com tamanha semelhança. Os fatos são arquetípicos além de fenomenológicos.

Se não, vejamos: o que temos em nossos dias que não uma elite espiritual privilegiada, supostamente dotada de pedigree sacerdotal, vivendo no luxo e na benesse, com seus “líderes” – não seria melhor dizer gestores? – e seus cantores – não seria melhor dizer atores? – refestelados em mansões, andando com carros de grife importada, voando em jatinhos e helicópteros, vestindo ternos italianos e comendo das “iguarias da corte”, enquanto a grande massa da população vive na pobreza ou na miséria?

O que temos hoje senão o tráfico de influência religiosa, o conluio político para a concessão de rádios e canais de TV que, supostamente, divulgam o “reino” de Deus, mas que, na prática, apenas aumentam o poder e a riqueza do “reino dos homens”? O que temos hoje senão a prática de se efetuar barganhas com o sagrado operacionalizadas através da cobrança perversa de “impostos celestes” que têm como único alvo o espólio desmedido de gente incauta e desesperada?

Posso continuar? O que temos hoje senão a pregação fraudulenta de doutrinas bíblicas aberrantemente distorcidas, aplicadas de forma maliciosa, com vistas a estimular a crença em promessas absurdas que, supostamente, trarão a solução para problemas financeiros, conjugais, físicos, espirituais e de toda e qualquer outra sorte? O que temos hoje senão a alienação da consciência, o esvaziamento dos valores éticos, o anestesiamento dos “sentidos” do coração e tudo em favor da catarse cultual, da serialização da “vida” e da commoditização da doutrina?

Vou lhe dizer o que penso. O que temos hoje é a anatomia de uma tragédia anunciada se desenhando silenciosamente debaixo de nossos olhos! O que temos hoje é uma multidão de milhões de pessoas sendo pressionadas, roubadas e enganadas por uma gangue de feiticeiros do sagrado. É gente que, iludida, está em busca de um “Deus performático”, uma divindade que está obrigada a satisfazer as demandas de seus “clientes” a qualquer custo.

Eis o maior dos absurdos: Deus colocado contra a parede tendo que cumprir o que, supostamente, está dito em Sua palavra! O Todo-Poderoso sendo vítima de extorsão para realizar milagres de prateleira: é o problema da falta de emprego, da restauração do casamento falido, do pagamento da dívida do aluguel, da eliminação da ação de despejo, do destravamento do processo judicial, da limpeza do nome no SPC, da libertação do encosto encomendado na macumba, e por aí vai... É tanta bizarrice que eu poderia encher um livro com estas loucuras.

Olho para a cristandade e vejo uma multidão de “crentes Lady Kate”. Você sabe de quem estou falando? Trata-se de uma personagem interpretada pela atriz Katiuscia Canoro no programa humorístico Zorra Total da Rede Globo. Lady Kate é uma aspirante a socialite que vive a todo custo tentando entrar para o High Society. Apesar da origem humilde, Kate herdou a fortuna deixada pelo marido, um senador rico, que, desgraçadamente, "bateu a caçuleta". Enfeitiçada com as novas possibilidades que o dinheiro lhe proporciona, Lady Kate vai em busca do "gramour, causo de que grana ela já tem".

O “crente Lady Kate” é aquele ser que quer por que quer que a vida se transforme num passe de mágica e, para tal, está disposto a pagar o “pedágio religioso” para que “seu milagre” se materialize. Minha questão é bem simples: até onde isso vai? Até quando as pessoas que estão sendo iludidas continuarão pagando esta conta? Sim, porque assim como Lady Kate, que usa o bordão “que que é? Tô pagano”, essa “moçada” também vai querer receber o seu bocado, pois, sem dúvida alguma, eles estão pagando, e pagando muito caro!

Quer saber no que eu acredito: acredito que em muito pouco tempo toda esta farsa vai cair! Acredito que esta multidão de gente espoliada e enganada vai se revoltar, assim como aconteceu na Revolução Francesa, pois eles estarão exaustos de pagar tanto “imposto” travestido de dízimo, e não ver nada acontecer. Estarão fartos de ver “pastores”, “bispos”, “apóstolos”, e outras “divindades” enriquecendo a custa de sua inocência, de seu desespero e, não raro, de suas excentricidades.

Espero firmemente que a farsa termine e que a farra acabe! No que depender de mim, como profeta do Senhor, continuarei a denunciar este estelionato, este anti-Evangelho, esta deformação de fé em Jesus Cristo. Estarei incansavelmente pregando, escrevendo, e fazendo tudo o que estiver ao meu alcance para que este engodo seja, em fim, revelado aos olhos de todos.

Minhas orações estão centradas para que Deus, no zelo que tem por Sua palavra e pelo Seu povo, interfira com justiça e juízo sob tudo o que está sendo feito. Meu desejo é que Ele haja logo, antes que venhamos a experimentar o que hoje acontece na Europa, onde as catedrais viraram boates e o povo nada quer saber sobre Jesus.

Na Revolução Francesa, o destino da família real não poderia ser pior: a guilhotina. Fico pensando que destino espera aqueles que estão profanando a Palavra do Senhor e enganando o povo que foi comprado pelo Sangue do Cordeiro? Não desejo nenhum mal a ninguém, mas se esta moçada for parar no inferno, poderá, usando outro bordão da Lady Kate, fazer a seguinte barganha com o capeta: “que que é ô seu diabo! Descola aí um lugarzinho meior pra nós, causo de que grana nós tem; o que só nos falta-nos é o gramour”. Pois é, se isso acontecesse, sabe o que eu acho que o “tinhoso” responderia: “tá amarrado"!.

Carlos Moreira via Genizah.
Seus textos podem ser lidos em
A Nova Cristandade.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Encontrando Deus na ÚLTIMA FRONTEIRA

Já vimos que Deus Se revela através das Escrituras, da Criação, da Igreja, e sobretudo, através de Seu Filho Jesus Cristo. Ele é a revelação definitiva de Deus.

Porém, resta-nos uma última fronteira, onde para muitos, Deus Se mantém escondido.

Não se trata dos mistérios do Cosmos, como os buracos negros, quasares, galáxias longínquas, super-novas, etc. Também não se trata do mundo subatômico, quântico.

Trata-se, antes, daqueles com quem Cristo Se identifica de maneira mui peculiar: Os pobres e excluídos da sociedade. É lá que Deus Se mantém velado, à espera de quem O busque.

Não basta encontrar Deus nas Escrituras, na Igreja, na Criação, se não nos dispusermos a buscá-lO nos pequeninos. É assim que Ele os chama.

Veja o que Jesus diz sobre isso:

“Quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória. Todas as nações se reunião diante dele, e ele apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas. Ele porá as ovelhas à sua direita e os bodes à sua esquerda. Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. Pois tive fome, e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era forasteiro e me hospedastes; estava nu, e me visitastes; preso e fostes ver-me. E perguntarão os justos: Senhor, quando te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber? E quando te vimos forasteiro e te hospedamos? Ou nu e te vestimos? E quando te vimos enfermo, ou preso e fomos ver-te? Ao que lhes responderão Rei: Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (Mt.25:40).

Ao sairmos ao encontro desses pequeninos, é com Cristo que nos deparamos. Engana-se quem imagina poder encontrá-lO nas catedrais dos grandes centros urbanos. Seria como se os magos esperassem encontrar o Messias recém-nascido no palácio de Herodes. Cristo está sob as marquises dos prédios abandonados; atrás das grades das prisões públicas; nas palafitas construídas às margens das valas negras.

Não vamos simplesmente para lhes dar algo que não tenham. Vamos ao encontro de algo de que necessitamos desesperadamente.

Muitos se dedicam às obras de caridade por um desencargo de consciência. Alguns até para driblar a culpa que lhes tira o sono. Ajudar aos pobres faz com que se sintam confortáveis consigo mesmos, pertencentes a uma classe superior, ricos, qualificados. Quando deveriam, sim, sentir-se envergonhados. A pobreza denuncia nossa arrogância, nossa prepotência, a injustiça imperante no sistema do qual tiramos nossa subsistência.

Deus Se esconde de tal maneira nos pobres, que nem mesmo Seus escolhidos dão conta de reconhecerem-No. Daí a pergunta: Quando, Senhor?

Ficamos embebecidos com o espetáculo da natureza. É relativamente fácil enxergar a majestade divina num pôr-do-sol, num arco-íris, e até no canto de um passarinho. Tudo isso é muito belo, e, de fato, aponta para Deus, manifestando Seus atributos invisíveis.

Encontrá-lO nas Escrituras é uma questão de fé. Nossos olhos são desvendados pela ação do Espírito Santo, que nos faz compreender o testemunho de Deus registrado nas páginas sagradas (Pv.1:23). Porém, buscá-lO e encontrá-lO no pobre, no indefeso, no preso, no enfermo, somente através das lentes do amor.

Esta é, por assim dizer, a última fronteira na qual Deus Se mantém escondido.

Como a igreja primitiva lidou com esta verdade indiscreta e perturbadora? Ninguém melhor que Tiago, irmão do Senhor, para nos responder:

“Glorie-se o irmão de condição humilde na sua alta posição. O rico, porém, glorie-se na sua insignificância, porque ele passará como a flor da erva” (Tg.1:9-10).

O Evangelho do Reino é a mais subversiva de todas as mensagens já anunciadas entre os homens. O que os homens chamam de sabedoria, Deus chama de loucura. O que chamamos de fraqueza, Deus chama de força. O que acreditamos ser riqueza, Deus afirma que é miséria.

Seguindo a lógica do Reino, Tiago diz que o irmão de condição humilde deveria gloriar-se em sua alta posição. Não se trata de posição social, mas espiritual, uma vez que Deus o escolheu.

Paulo reverbera o mesmo ensino, quando nos conclama a conferir: “Ora, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados. Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes. Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são; para que ninguém se glorie perante ele” (1 Co.1:26-29).

Gloriar-se em sua condição humilde é o mesmo que gloriar-se em Deus, em vez de em si mesmo e em seus recursos naturais.

Tiago não faz média com os ricos do seu tempo. Pelo contrário, ele os confronta. “O rico, porém, glorie-se na sua insignificância” (Tg.1:10a). Que golpe na arrogância de quem se acha importante. Que insulto à sua vaidade!

Recentemente, uma pesquisa feita pelo instituto britânico New Economics Foundation revelou que pessoas que trabalham fazendo faxina em hospitais têm mais valor para a sociedade do que os funcionários de alto escalão de um banco. Enquanto o faxineiro gera cerca de R$ 30 de valor para cada R$ 3 que recebe, o bancário com salário anual a partir de R$ 1,5 milhão) é um peso para a sociedade, custando cerca de R$ 21 para cada R$ 3 que ganham. O faxineiro rende dez vez o que ganha. O bancário dá prejuízo de sete vezes o que ganha.

Como uma igreja em nossos dias receberia o executivo de um banco? E como receberia um faxineiro? Seriam tratados de igual maneira?

Infelizmente, nos adequamos ao espírito deste mundo, e abandonamos a mensagem subversiva do reino.

Muitas igrejas têm se especializado em alcançar a classe média alta, desprezando completamente as classes mais baixas e necessitadas. Este se tornou o sonho de consumo de praticamente todos os ministérios hoje em dia. Todos querem as classes A e B. Ninguém quer as classes D e E.

As grandes denominações querem ter Sedes nos bairros mais abastados da cidade. Enquanto isso, as favelas são relegadas a segundo plano. Quando surge alguma igreja nelas, geralmente é por iniciativa dos próprios moradores. Alguns pastores até investem em igrejas nestas comunidades carentes, para evitar que seus moradores desçam para o asfalto e freqüentem seus templos luxuosos, trazendo incômodo aos seus membros mais distintos.

Este não é um problema recente. Tiago teve que enfrentá-lo nos dias da igreja primitiva.

Veja o que ele diz:

“Meus irmãos, como crentes em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, não façais acepção de pessoas. Por exemplo: Se na vossa reunião entrar algum homem com anel de ouro no dedo, e com trajes de luxo, e entrar também algum pobre andrajoso, e atentardes para o que tem os trajes de luxo, e lhe disserdes: Assenta-te aqui em lugar de honra, e disserdes ao pobre: Fica aí em pé, ou assenta-te abaixo do estrado dos meus pés, não fazeis distinção entre vós mesmos, e não vos tornais juízes movidos de maus pensamentos? Ouvi, meus amados irmãos. Não escolheu Deus aos que são pobres aos olhos do mundo para serem ricos na fé e herdeiros do reino que prometeu aos que o amam? Mas vós desonrastes o pobre” (Tg.2:1-6a).

Parece que Tiago estava falando diretamente com os pastores de nossos dias, alguns dos quais chegam a destacar alguém para o ministério local por causa de suas vultuosas contribuições. Quantos diáconos precoces? Presbíteros despreparados, que mal se converteram, e logo foram içados a uma posição na igreja. Já o pobre, o que não usa roupas de grifes famosas, não só são ignorados, como às vezes são até rechaçados. Há quem até sugira: Procure outra igreja, onde as pessoas sejam do seu nível social. Aqui não é pra você.

É lamentável ter que admitir isso. Mas é a mais pura verdade. As pessoas valem o quanto pe$am.

Desonrar o pobre é desonrar Àquele que o criou, e o escolheu para ser Seu esconderijo.

É bom que se diga que Deus não tem nada contra os ricos. Deus igualmente os criou. O que ofende a Deus é o fato de muitos se estribarem em suas riquezas materiais.

A única maneira do rico agradar a Deus é reconhecer seu estado de miséria espiritual. Ou no dizer de Tiago, sua “insignificância”. Reconhecer que todo o seu dinheiro é incapaz de garantir-lhe uma vida de significado e propósito.

Assim como há ricos que são “pobres de espírito”, há pobres que são arrogantes, e que tentam passar uma imagem de abastança. Como diria o adágio: Comem sardinha, arrotam caviar.

O sábio Salomão os denuncia:

“Uns se dizem ricos sem ter nada outros se dizem pobres, tendo grandes riquezas” (Pv.13:7).

Pobreza de espírito é manter-se na total dependência de Deus. Jamais jactar-se em seus próprios recursos, sejam eles parcos ou abundantes.

Se a Igreja almejar ser canal através do qual Deus Se revele ao mundo, ela terá que admitir sua pobreza. E isso equivale a tomar a contramão da postura adotada pela igreja de Laodicéia.

Leia atentamente o que Cristo diz aos laodicenses:

“Dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta. Mas não sabes que és um coitado, e miserável, e pobre, e cego, e nu. Aconselho-te que de mim compres ouro refinado no fogo, para que te enriqueças; e vestes brancas para que te vistas, e não seja manifesta a vergonha da tua nudez; e colírio, para ungires os teus olhos, a fim de que vejas” (Ap.3:17-18).

De acordo com a doutrina da confissão positiva, tão apregoada em nossos dias, a igreja de Laodicéia estava corretíssima em fazer tais “declarações de fé”. Entretanto, Cristo reprovou sua postura arrogante e auto-suficiente. Se fosse verdade que palavras positivas seriam capazes de atrair prosperidade para quem as proferisse, as Escrituras não diriam: “Em todo trabalho há proveito, mas meras palavras só conduzem à pobreza” (Pv.14:23).

Cristo chega a usar de sarcasmo com aquela igreja prepotente. Era como se Ele dissesse: Já que vocês são tão ricos, prósperos, auto-suficientes, vou lhes dar um conselho: Usem seus recursos para adquirir o que vocês ainda não têm: A verdadeira riqueza.

Paulo usa sarcasmo semelhante ao escrever para outra igreja que achava não ter falta de coisa alguma: Corinto.

“Pois quem tem faz diferente? E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te glorias, como se não o houveras recebido? Já estais fartos! Já estais ricos! Sem nós reinais! E oxalá reinásseis para que também nós reinemos convosco! Pois tenho para mim que Deus a nós, apóstolos, nos pôs por últimos, como condenados à morte. Somos feitos espetáculos ao mundo, aos anjos e aos homens. Nós somos loucos por amor de Cristo, e vós sábios em Cristo! Nós fracos, mas vós dois fortes! Vós sois ilustres, nós desprezíveis (...) Até ao presente temos chegado a ser como o lixo deste mundo, e como a escória de todos” (1 Co.4:7-10,13b).

Qual o auto-intitulado apóstolo de nossos dias que pode apresentar-nos as mesmas credenciais? Se lermos os versos que omiti (11-12), veremos o quanto Paulo sofreu pela causa do Reino.

Precisamos descer de nossos pedestais ministeriais e admitir nossa profunda pobreza. E quando a admitimos, já não nos ofendemos quando Deus usa o mais humildes dentre os homens para nos abençoar com um prato de comida, ou qualquer outra provisão. Pergunte a Elias como ele se sentiu quando percebeu que o canal escolhido por Deus para alimentá-lo era uma viúva pobre de Sarepta.

Jesus disse que devemos aprender d’Ele que é manso e humilde de coração. Manso para repartir seu próprio pão, humilde para receber sem sentir-se constrangido. A palavra traduzida por “manso” tem a conotação de “desapegado”. Manso é aquele que já não faz questão de coisa alguma. Aquele que vê sua túnica sendo repartida entre os soldados romanos, e não a reclama para si. Já o ser humilde significa está sempre pronto a receber, mesmo quando o canal usado por Deus é de condição mais humilde que a nossa.

O chamado de Deus para a igreja deste tempo é um chamado à pobreza. Não estou falando de um voto de pobreza semelhante ao feito por monges franciscanos. Mas de uma pobreza em que admitimos que nossa suficiência vem do Senhor.

Aí poderemos nos apresentar como Paulo: “Pobres, mas enriquecendo a muitos; nada tendo, mas possuindo tudo” (2 Co.6:10).

O que constrangerá o mundo quanto ao amor de Deus não serão testemunhos de pessoas que se enriqueceram depois que abraçaram a fé em Jesus, e sim de pessoas que abriram mão de tudo por amor ao seu semelhante.

Hermes C. Fernandes
Pensador, ativista, conferencista, autor, doutor em Escatologia e em Ciência da Religião, presidente do colégio episcopal da REINA-Igreja do Futuro, bispo consagrado pela International Christian Communion (comunhão que reúne bispos de tradição anglicana/episcopal dos cinco continentes), fundador do Projeto Social Tesouro Escondido, e do Instituto Defensores do Futuro.

A Água da Gota Poderosa - Ofertas de 100 a 1000 reais valem o "Galãozinho".

Seria cômico, se não fosse trágico!!!

"Somente um gota dessa água, mudará a sua vida". Eitaaa, rsrsrs!!!

Isso é o que se chama de MARKETING AGRESSIVO...

E aí vai querer a água dessa "fonte"?

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Propaganda é a Alma do Negócio

Não deixe para última hora a sua empeleita! Seja um pedreiro de Gizuz com o Tijolo da Edificação!

Largue o que tiver fazendo agora! Corra e adquira o seu TIJOLO...

Vou não, quero não, posso não... Isso aí num rola não.

Carta aberta aos subversivos de Jesus


Queridos amigos de indignação, paz!

Robinson Cavalcanti escreveu: "Um mundo novo é possível; uma igreja nova é imprescindível". Eis a ânsia que nos une. Resolvi escrever essa carta (e não a velocidade impessoal do e-mail e seu internetês) porque cartas despertam aquela nostalgia deliciosamente clássica que parece ter sumido dos nossos dias, também porque precisamos cada vez mais estarmos juntos. Nossa força vem do nosso abraço. Nossa unidade é o megafone que potencializa nosso grito.

Algumas pessoas insistem em questionar nosso criticismo (ao invés de questionar seu alvo), então respondo: criticamos não porque vivemos encarcerados numa espiritualidade azeda (ainda que alguns de nós assim estejam), mas porque somos parte do corpo (I Co. 12. 12-27), e o que dói no corpo afeta nossa alma. Criticamos porque não conseguimos olhar para o ambiente eclesiástico com uma irresponsabilidade tatuada de piedade e tolerância, mas sim com a inquietação aprendida do olhar de Jesus: "Vendo ele as multidões"; em Jesus, o olhar constrói.

Tenho percebido que nossas críticas produzem algumas feridas. Contudo, se Jesus Cristo é o "médico dos médicos", então, o melhor que temos a oferecer são justamente nossas feridas, principalmente quando são geradas pela adocicada fúria do amor: "Fiéis são as feridas feitas pelo que ama, mas os beijos do que odeia são enganosos" (Pv. 27. 6). Nossas feridas não matam, aliás, nem mesmo são feridas, são apenas paradoxos benditos: machucam para sarar.

Ouso fazer um apelo: amigos subversivos, jamais nos esqueçamos da essência da nossa subversão: a centralidade de Cristo acima das ideologias (II Co. 10. 5), a santidade de Deus (Is. 6. 1-7), a prática da oração (I Ts. 5. 17), a meditação nas Escrituras (Sl. 119. 101-106), o cuidado no discipulado que forma o caráter (II Tm. 2) e a afirmação da Cruz de Cristo (I Co. 1. 18). Esse é o nosso baluarte! Essa é a nossa gloriosa herança!

Por favor, meus amigos de gemido, nossa causa é a mais nobre de todas as causas: a luta pela regeneração da igreja! Não se trata de arrogância intelectualóide, mas de temor e tremor. Apenas captamos o chamado do Espírito e adestramos nossas fúrias, canalizando-as para a defesa fiel dos valores do Reino.

Aos empresários da fé, paipóstolos, malandros de púlpito, vagabundos da celestialidade bandida, um aviso: não vamos parar! O que nos une é a certeza feliz de que sempre tem alguém ouvindo e respondendo ao nosso grito!

Por uma igreja verdadeiramente Igreja...Leia

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