sábado, 18 de agosto de 2012

Perdoar é preciso - LU&TERO com Marcos Botelho


O que fazer quando alguém nos magoa profundamente?
Por que perdoar é tão difícil?
Onde podemos encontrar o perdão?

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quinta-feira, 16 de agosto de 2012

“Diga o Fraco: Eu Sou Forte”


Carlos Moreira

Quando lhe faltar inspiração para fazer o que tem que ser feito e você se perceber como se fosse um autômato, uma máquina de repetição, agindo sem sentido, sentindo sem paixão, diga o fraco: eu sou forte.

Quando os dias forem cinzentos, e a estação outonal chegar, quando as flores murcharem e sua beleza se for, quando as nuvens persistirem mesmo depois de todo aguaceiro, então, diga o fraco: eu sou forte.

Quando os sonhos morrerem, quando os planos falharem, quando a existência se tornar insuportável, e seus olhos estiverem encharcados de tanta realidade, diga o fraco: eu sou forte.


Quando os amantes se forem, quando a festa acabar, se tu não puderes sorrir, e a cortina se fechar, depois que a orquestra partir e toda música calar, não preste atenção a nada disso, diga o fraco: eu sou forte.


Quando o silêncio for tua companhia, e tua sombra te acompanhar mesmo a noite, quando te sentires vazio, apagado pavio, aquieta-te então, pois o “solitário devora a si mesmo”, e todo caminho caminhado é caminho de solidão, por isso, diga o fraco: eu sou forte.

Quando a esperança se for, e a tua fé te faltar, quando o absurdo tornar-se razão, e a escuridão vier te abraçar, abre tuas velas ao vento, deixa o porto e o cais, repete contigo mesmo, diga o fraco: eu sou forte.  

Quando a alegria partir, e as tuas forças faltarem, quando a doença chegar, sem cura, sem pena, sem nada a te dar, entende que o tempo acabou, segue resignado, não pense em parar, lembra-te, todavia de algo, diga o fraco: eu sou forte.

Quando os teus bens forem muitos, quando nada mais te faltar, e ainda assim tua alma, esvaziada ficar, quando não houver mais batalhas, e o último inimigo tombar, olha para tuas conquistas, inúteis, tão fúteis, hão de passar, não te esqueças, nem um instante, diga o fraco: eu sou forte.

Quando o pecado te argüir, quando o juízo chegar, quando o tempo se cumprir e o teu destino selar, quando não tiveres saída, nem mais a quem apelar, lembra-te que ainda és homem, só Deus pode te salvar, e assim, apele por Ele, diga o fraco: eu sou forte.



* "...diga o fraco: eu sou forte".  Joel 3:10


Carlos Moreira
Formado em Teologia pelo Seminário Episcopal Evangélico do Brasil e em Filosofia pela Universidade do Sul de Santa Catarina. Escritor, compositor, músico e conferencista, é reitor da Igreja Episcopal Nova Vida e trabalha como editor do Blog e da Revista Eletrônica Genizah. 

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

"Ele é café-com-leite"


Por Zé Luís 

Quando criança, nas brincadeiras de rua com os outros meninos, pega-pega, esconde-esconde, pelada, onde o único gol da partida era o pobre portão de uma garagem de algum vizinho chato que não ficava em casa... sempre havia aquele irmão menor, aquele chatinho filhinho-de-papai que não entendia as regras, mas por insistência de seus genitores, querendo integrá-lo entre os outros garotos da rua, acabávamos inserindo-o na brincadeira, embora ninguém contasse realmente com a efetividade das participações desses componentes. Não se pode levar a sério um café-com-leite.

Quem não teve que parar uma partida ou outra para que o café-com-leite viesse e chutasse uma bola no gol, sem goleiro, e assim, conseguisse marcar seu tento, debaixo do olhar compassivo dos outros garotos que aceitavam aquilo para se livrar do problema.

O “CCL” - é assim que o chamaremos a partir de agora – parece não se importar com a ridícula situação de não representar nada para a competição ou não ser digno de ter o respeito daqueles que estão juntos, suando para conseguir seu espaço. El quer estar inserido a qualquer custo, mesmo sem representar absolutamente nada, isso quando não atrapalha.

Mesmo hoje, boas décadas depois, ainda os vejo, personificados em tantos lugares: são aqueles funcionários que, por terem um parente de alta patente numa empresa, conseguiram um cargo onde qualquer mortal comum teria que mover terras e mares para conseguir. Ele, normalmente, acaba tendo o trabalho feito por outro, um fantasma desconhecido, mas que todos sabem que jamais poderá entrar de férias ou mesmo doente. O CCL não conhece serviço, e todos seus colegas sabem bem, inclusive o patrão que o contratou...mas você sabe, deixa pra lá: ele é CCL.

Na escola ele são os que fazem trabalhos em grupo, e sua única contribuição é assinar junto do pessoal que botou a mão na massa e produziu a tarefa. Mais cedo ou tarde, durante o curso, o CCL fingirá que não quer passar a vida assim, mostrará certa intenção – nada convincente - em fazer algo efetivamente válido, mas todos sabem - os professores, os colegas de classe - que não dá para levar a sério, ele é CCL: está ali apenas para completar seus estudos, por um outro propósito misterioso que ninguém jamais consegue saber qual. Quem sabe em um futuro incerto, onde ele deixará de pegar carona no trabalho alheio e pensar na árdua tarefa de fazer as coisas por si mesmo?

Como músicos, se contentam com meia dúzia de acordes, dois ou três compassos básicos, atrapalham mais do que ajudam, tornam qualquer ensaio improdutivo. Não são músicos, mas como tem algum familiar ali, ou teve sua importância em algum momento da formação de uma banda – que todos sabem que não vai decolar mesmo – aceitam-no assim mesmo. O duro é quando o CCL cisma de querer se destacar, cantar mais alto que o solo, ou fazer aquela apresentação de guitarra dentro do que se propôs a aprender, há anos (algo que o satisfez, quando esboçou um esforço de aprendizado mediano, quando tentou ingressar numa escola de bairro).

Se estão nos esportes, participam para fazer volume: mais um a ser vencido, nem liga, são medianos, desculpem... medíocres mesmo, e vivem bem assim. Faltam nos treinamentos, não se preparam adequadamente, mas vivem sonhando com medalhas, com reconhecimento, com lugares nos podiuns conquistados pela “equipe”.

Como crentes, são terríveis. Os CCL são conhecidos como “Crente 6 horas”: é só ter um culto de oração que o bilhetinho com pedido chega: “Cêis ora pela minha mãe? Cêis ora pelo emprego?”... Não entendo qual o problema com os joelhos deles, já que quando precisamos falar com Deus, basta-nos dobrá-los e entrar em contato pessoalmente.

O CCL na igreja quer fazer parte, mas não pelo o usual – e as vezes, tortuoso, é verdade – caminho indicado pelo Dono da igreja, aquele onde se busca intimidade com Ele para conseguir ouvir Dele onde - e quando, e como - é nosso lugar no Reino. Não: CCL que é CCL faz amizade com a liderança, fala de seu currículo com o pastor, se mostra prestativo para pregar, mesmo não tendo muita noção da Bíblia (claro que não é muito dado a estudos bíblicos, prefere as pregações prontas). Mas não se iluda: logo abandonará essas convicções iniciais, vendo que algo está errado em seus esforços: mal sabe que as coisas dentro da igreja funcionam de forma diferente, que se conseguem cargos, mas não ministérios. Que se engana membros, mas não ovelhas.

Quantos CCL acusarão outros por seus fracassos, sem jamais, em momento algum, parar para ouvir o sussurro gritante do Espírito? Claro: se ouvisse o que tinha que ouvir, e além disso, obedecesse, não seria um CCL... não mais.

Creio que essa é a única forma efetiva de deixar de ser um café-com-leite. Na verdade, acredito piamente que aprender a ouvir essa voz, e obedecê-la, é a única solução para qualquer vida.


Zé Luís é o editor do blog Cristão Confuso, que de confuso não tem nada... E mandou bem nesse texto extremamente lúcido.

Geração de adoradores ou de soberbos?

Por Milton Jr.

Uma das marcas que deve estar presente no cristão é a humildade. Porém, a luta para não pensarmos de nós além do que convém (Rm 12.3) é sempre grande. Como exemplo disso, basta lembrar que vez por outra os discípulos discutiam sobre qual deles seria o maior no reino de Deus (Mt 18.1-5; Mc 9.33,34; Mc 10.35-45; Lc 22.24).

Mas graças a Deus que na Bíblia temos também exemplos maravilhosos de humildade. O Senhor Jesus continua sendo o modelo a ser seguido. O apóstolo Paulo, após exortar os filipenses a terem o mesmo sentimento que houve nele, afirmou que “ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, [...] a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz”.

“Para Jesus era mais fácil, pois ele é Deus”, diriam alguns, e para demonstrar que é possível que um pecador cultive a humildade cito o exemplo de João Batista. Quando seus discípulos foram ter com ele, após discutirem com um judeu com relação à purificação, dizendo que Jesus, que havia sido batizado por João, estava também batizando e muitos iam a seu encontro, ouviram de João: “Convém que ele cresça e que eu diminua” (Jo 3.25-30).

A concepção teológica da igreja de Cristo pode ser notada por meio daquilo que é cantado. As músicas entoadas pelos crentes refletem o entendimento (ou a falta dele) que eles têm acerca do evangelho.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

A versão gospel da fábula da cigarra e da formiga

Adaptado pelo Pr. Renato Vargens
Era uma vez uma cigarra que vivia saltitando e cantando pelo bosque as músicas dos principais cantores gospel. Certa feita, enquanto decretava as bênçãos de Deus sobre a sua vida,  a cigarra esbarrou numa formiguinha, que carregava uma folha pesada.

Ao ver a cena inusitada, a cigarra falou: - Ei, formiguinha, para que todo esse trabalho? O verão é para gente aproveitar! O verão é para gente se divertir! Somos filhos do Rei! Somos herdeiros de Deus! Eu aprendi com o meu apóstolo que as bênçãos de Deus vem através dos decretos espirituais. Além disso, eu vi na televisão, um pastor dizendo que a prosperidade vem quando semeio ofertas em sua conta bancária. Eu creio nisso, e já até fiz um ato profético determinando a vitória em Cristo.

Ao ouvir a cigarra a formica replicou dizendo: - Não, não, não! Não é assim. A prosperidade vem pelo trabalho. Deus abênçoa aqueles que trabalham.  É preciso trabalhar agora para guardar comida para o inverno.

Ao ouvir a réplica da formiga, a cigarra pensou com seus botões: Pobre formiga, não entendeu a visão! É uma derrotada!

No dia seguinte a cigarra passou de novo perto da formiguinha que carregava outra pesada folha e disse: 

-Deixa esse trabalho para as outras! Vamos nos divertir. Vamos, formiguinha, vamos cantar! Vamos dançar! Tudo que Jesus conquistou na cruz é direito seu é direito nosso!

Todavia, a formiguinha permaneceu firme no seu propósito de continuar trabalhando. Contudo, movida por compaixão e misericórdia a formiga disse a amiga:  - Cigarra, se não mudar de vida, no inverno você há de se arrepender,  Vai passar fome e frio.

A cigarra nem ligou, antes pelo contrário, repreendeu a formiga dizendo: Tá amarrado em nome de Jesus! Tudo posso naquele que me fortalece!

Infelizmente para cigarra, o que importava era aproveitar a vida, e decretar a bênção.  Para que armazenar alimento? Pura perda de tempo! Afinal de contas ela já tinha adquirido a Bíblia da prosperidade e com isso a imunidade as crises deste mundo.

O tempo passou e com ele o verão. Certo dia o inverno chegou, e a cigarra começou a tremer de frio. Sentia seu corpo gelado e não tinha o que comer. Desesperada, foi bater na casa da formiga. Abrindo a porta, a formiga viu na sua frente a cigarra quase morta de frio que desesperada clamava: - Formiguinha, me ajude por favor, estou morrendo de frio.

Ao ver o desepero da cigarra  a formiga disse: - Ué? Mas você não tinha decretado a bênção? Não semeou as sementes da prosperidade? O que aconteceu?

A cigarra constrangida respondeu:  - Pois é minha amiga, eu estava errada. Fui enganada por esses falsos pastores e apóstolos e agora estou na mais profunda miséria.

Pense nisso!


Renato Vargens
Pastor, conferencista internacional, plantador de Igrejas e escritor com quatorza livros publicados. É também Diretor da Scrittura Produções, colunista e articulista de revistas, jornais e diversos sites protestantes, editor do site www.renatovargens.com.br e pastor presidente da Igreja Cristã da Aliança em Niterói.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Você vai ao templo ou pertence a Igreja?



Essa é uma dúvida que me assombra. Vejo todos os domingos milhares de pessoas se locomovendo de suas casas portando bíblias e indo para s templos evangélicos. Não sei se por costume ou por devoção, não sei se por medo do inferno ou por amor a Cristo. O que vejo dia após dia é um exército de crentes que gravitam num universo gospel.


Será que estamos fazendo parte da igreja da multidão, aquela que reconhecia Jesus como um milagreiro e só. Será que fazemos parte daquele tipo de pessoa que vai ao templo e o encara como clube? Será que somos os que esperam o antropocentrismo ao invés do cristocentrismo?

Não sei, não sei mesmo. Algumas evidências apontam pro sim. Por exemplo a falta de reverencia nos templos, a inoperância nas causas sociais, o apego as coisas materiais e por aí... Ao mesmo tempo penso que tem gente por aí que ainda não dobrou os joelhos a Cerullo, que luta pelo evangelho e pela propagação da abundante vida que Jesus prometeu. Gente que apesar dos apesares faz parte da igreja dos discípulos que conhece Jesus e se relaciona com Ele!

Quero seguir a Cristo e não ir ao templo apenas. Quero a amizade de um Deus presente e vivo e não a frieza do templo. Quero mais que uma roda de amigos num pós culto, quero ver Deus na vida desse irmão no dia a dia. Quero ser da igreja dos discípulos!!!!!!!

e no mais, tudo na mais santa paz!


Pastor titular da Igreja Cristã da aliança no Rio do Ouro, onde procura exercer uma saudável liderança em uma igreja crescente e acolhedora.
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