|
Escrito por Renato Vargens |
À pouco escutei pela primeira vez o termo “peguete”. Ao ouvi-lo imediatamente perguntei:
Por favor alguém me explique o que é peguete? Um adolescente que estava perto respondeu: Pastor, peguete é uma coisa que se usa e joga fora.
Querendo entender um pouco mais repliquei dizendo: como assim? Não entendi! Joga fora? Explique melhor! E ele sem titubeios disse: Ah, cara, enquanto rola a quimica com a menina a gente pega, acabou o clima a gente joga fora, entendeu?
Pois é, resposta simples e comportamento complicado não é verdade? O pior que é boa parte dos adolescentes e jovens evangélicos estão pegando todas e todo mundo, com a desculpa que ó que importa é curtir a vida e ser feliz.
Caro leitor, em um mundo egoísta e cada vez mais hedonista como o nosso, tornou-se absolutamente comum vislumbrarmos nas relações interpessoais a instrumentalização da vida, onde boa parte das pessoas no desejo de terem os seus sonhos e devaneios realizados, manipulam outras pessoas na vontade de experimentarem a tão sonhada satisfação pessoal. Aliais, essa tal busca pela satisfação pessoal, têm feito com que muitos negociem princípios éticos e morais, no afã de concretizarem suas sórdidas expectativas. Infelizmente, em nome do sonho, não são poucos aqueles que têm tomado posse do famoso bordão popular: “fazemos qualquer negócio”. A conseqüência direta disso é a coisificação do ser humano, onde pessoas tornam-se objetos descartáveis, prontas a serem jogadas no lixo quando por algum motivo não prestam mais.
Lamentavelmente em um mundo onde os valores se relativizaram, infelizmente a conduta dos jovens cristãos em quase nada tem se diferenciado do comportamento dos não cristãos. Na verdade, ouso afirmar que existe um número impressionante de crentes que movido por rompantes irresponsáveis, se enveredam em relacionamentos descompromissados.
Assusta-me o fato de que inúmeras pessoas movidas por uma pseudoteologia descartam relações usando de pressupostos humanistas, aos quais não existe o menor fundamento bíblico. Tais pessoas advogam que a “química” é a razão essencial para que se esteja junto com alguém. Para estes, o que importa é sentir prazer, além é claro de satisfação pessoal.
Pois é, vivemos dias tenebrosos. Diante disto, mais do que nunca a Igreja de Cristo precisa anunciar o Evangelho integral, além obviamente de proclamar a esta geração os valores do Reino, na expectativa de que o bom perfume do nosso Senhor alivie o odor de putrefação deste mundo mal e pervertido.
Pense Nisso!