sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Geração que dança, e daí?


"Olá caros amigos e irmãos, estive refletindo estes dias, como nós jovens temos nos portado no meio em que vivemos, e o que realmente temos colocado em prática em prol do testemunho e da propagação do Reino de Deus. Creio que muitas coisas ainda precisam serem feitas e com emergência, pois a coisa está ficando braba.

Muitas vezes, vejo pessoas investirem seu tempo e suas energias em tantas outras coisas e me pergunto: Que importância temos dado em testemunhar de fato e de verdade o Reino do Senhor?

Enquanto o tempo passa, vejo muitos que acham que por que vão aos cultos, cantam, dançam e está tudo bem obrigado. (o conhecido: "sentimento de dever cumprido")...

Me lembrei deste texto do Pr. Jeff que segue logo abaixo, que me faz sempre refletir sobre os valores e deveres mais importantes que temos de priorizar.

Após essa leitura, não digo que vocês devam parar de alegrarem-se na presença do Senhor com louvores e dança, mas que não se limitem a apenas isso."

Por Pr. Jeff

“E seremos a geração que dança. E seremos a geração que canta.” E daí? Grande coisa. Vamos ser honestos, quem sonhava com isso? Eu não. Sei lá, mas eu sonhava com algo tipo missões, ganhar almas, marcar minha geração, morrer pelo evangelho. Pode me chamar de José se quiser, o sonhador, não me importo, pois não coloco muito valor na palavra, ou melhor, na crítica de alguém que depois de muitos anos ainda está tentando pular como um coelho nas conferências realizando seu sonho de ser a geração que canta e dança. Deus me livre!

Eu acho que a coisa que mais me irrita hoje, além do lixo sendo pregado nos púlpitos, é que foi isso que nós vendemos para uma geração; uma geração que está agora casada, barriguda, e que nem dança mais, pois tem medo de enfartar. Caraca, o que aconteceu? Onde nós erramos? Era tanto potencial e disposição e agora é “comunhão na casa de Fulano”.

Quando era para enviarmos eles, nós seguramos, pois queríamos o grupo maior da cidade.
Eles queriam ser missionários, então ensinávamos umas peças, pintávamos seus rostos e os levavámos para a praça mais perto para que pudessem ser completamente humilhados e nunca falar de missões de novo. Só pra saber, “Aquilo era missões?”.

E agora tem entrado uma nova geração e nós estamos cometendo os mesmos erros e pecados. Quando olhamos para os jovens da igreja, é obvio que temos falhado em capturar seus corações e imaginações. Nós temos falhado em dar a eles uma razão de viver, uma causa pelo que dar as suas vidas. Nós temos falhado em mostrar algo a eles tão importante que vale a pena morrer por ele.

Quando você olha nos seus olhos não há fogo, não há vida. Vida para eles é quatro horas na frente do computador batendo papo com seus amigos virtuais. Mas eles não têm nada que queima no coração deles, que lhes façam sair da cama de manhã, que lhes possua. Eles não têm nada pelo que viver e bem menos nada pelo que morrer.

Nós falávamos para eles que Deus queria usá-los e depois os fechamos em prédios com bandas, pizza e luzes coloridas para gastar a noite dançando e cantando enquanto o mundo lá fora está passando fome, morrendo e indo para o inferno. Será que era a isso que estávamos referindo quando falávamos que “Deus queria usá-los”? Será que não tem mais? E se eles mostram uma preocupação com aqueles fora da “terra protegida”, nós falamos que não são preparados, que sua hora vai chegar. Por enquanto, é festa e alegria. Pegue mais um pedaço de pizza.

Nós falávamos para eles que podiam mudar o mundo enquanto eles nem sabem como mudar as suas próprias vidas. E em vez de confrontá-los pela maneira que vivem e seus valores, nós mudamos a estrutura da igreja para acomodá-los. Nós criamos “namoro santo” e colocamos “play stations” na sala de oração. Mas, não muito tempo depois, a nossa estrutura não os satisfazia mais. Em vez de treiná-los, nós os temos entretido. Em vez de desafiá-los, nós os acomodávamos e acabávamos frustrando-os e perdendo-os, pois a verdade é que não era isso que eles queriam.

Cada geração precisa de uma bandeira pra levantar, uma causa pra abraçar, algo para dar as suas vidas, mas em algum lugar no caminho somente Jesus e a salvação deixaram de ser suficientes. Somente alcançar os perdidos parecia ser algo comum demais. Então, nós começamos falar em milagres e mortos ressuscitando. Nós tentamos criar coisas melhores, mais barulhentas, mais animadas, projetos que íam no fim fazer nada mais do que ocupar seu tempo e os fazer pensar que estavam fazendo algo enquanto não estavam realizando nada. Nós críamos uma geração que canta e dança, mas não faz nada mais do que isso, e eles sabem disso. Ninguém foi enganado e eles ainda estão tentando se descobrir e achar seu propósito, sua razão de viver, e morrer.

Preguiçoso, desinteressado, não produtivo: termos que muito bem podem ser usados para descrever essa geração que uma vez tinha esperança em ser usada e marcar o mundo. Mas, por quê? Por que nós não demos nada pra eles fazerem de verdade. E vamos ser honestos, esperar é ruim. É agora ou nunca. Nós os desafiamos agora, nós os treinamos agora, nós investimos neles agora, ou nós os perdemos para sempre.

• 75% dessa geração estão deixando a igreja para não voltar mais.

Considere isso uma carta de um velho que chora para a juventude, que lamenta tanto potencial perdido, que quer pedir seu perdão.

Pr. Jeff (Via Geração Benjamim)

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